Se você se amarra em carros clássicos brasileiros, The VW Variant II provavelmente já passou pela sua mente. Essa perua chegou cheia de expectativas em setembro de 1977, prometendo ser a companheira ideal das famílias. Mas, entre nós, não foi bem o que aconteceu. Apesar de ter seu charme e algumas inovações, a Variant II não conseguiu brilhar tanto quanto sua primeira versão, lançada em 1969.

Aqui você vai descobrir tudo sobre a história, mecânica, desempenho e legado da Variant II. Vamos ver por que ela se tornou uma “jóia rara” no mundo dos clássicos. E claro, teremos uma comparação com as concorrentes da época. Então, se você é fã de história automobilística, este conteúdo é pra você!


Nascimento da Variant II

Imagem: Reprodução

Em 1969, a Volkswagen deu um passo audacioso e lançou a primeira Variant, uma perua média inspirada no Fusca TL europeu. O modelo foi um sucesso imediato, com seu design original It is espaço interno generoso, algo bem raro na época. O motor 1600 refrigerado a ar, with dupla carburação, fazia dela uma excelente escolha para famílias como a sua!

Mas, com o tempo, as coisas mudaram. Chegaram competidoras como a Ford Belina (em 1971) e a Chevrolet Caravan, que fez a Volkswagen perceber que era hora de inovar. Assim, a ideia de uma nova perua familiar que atendesse às demandas dos brasileiros foi tomando forma. Mais espaço, manutenção fácil e, claro, o famoso motor refrigerado a ar!

Com isso, surgiu a Variant II.


Lançamento e Inovações

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A Variant II chegou com tudo em setembro de 1977 e trouxe inovações que deixaram a concorrência comendo poeira:

  • Dimensões generosas: maior que a versão anterior, com entre-eixos ampliado e mais espaço para a galera.
  • Suspensão independente nas quatro rodas: um charme da engenharia alemã que garantiu mais conforto e estabilidade.
  • Motor arrefecido a ar melhorado: com um incremento de potência de 65 cv para 67 cv, mantendo aquele torque charmoso de 12 kgfm.
  • Security: um sistema de braços arrastados que dava aos pneus uma aderência digna de BMW, mantendo todos na linha.

Mesmo sendo um pouco mais pesada, a nova perua mostrava performance acima da média, revelando que a VW não estava apenas focada em espaço e conforto.


Design and Style

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O design da Variant II manteve a essência da primeira, mas com um toque mais moderno e elegante, com:

  • Frente inspirada no Passat, com suspensões e direção bem parecidas.
  • Traseira robusta, porte de carga grandão e aquele brilho nos detalhes cromados.
  • Interior funcional, com bancos confortáveis e área de bagagem ampla, a viagem em família estava garantida!

Quem dirigia a Variant II nos anos 70 sabia que estava usando algo bem diferente e avançado!


Mecânica e Desempenho

O motor 1600 arrefecido a ar funcionava como o coração da Variant II, com algumas melhorias:

  • Power: 67 cv (um aumento em relação aos 65 cv da versão anterior).
  • Maximum torque: firme na casa dos 12 kgfm.
  • Streaming: manual de 4 marchas.
  • Front suspension: independente, tipo McPherson.
  • Rear suspension: braços arrastados com homocinéticas, daí melhor estabilidade.

Mais pesada, sim, mas a Variant II era confiável e de manutenção fácil — um conforto para quem tinha um VW. E para os fãs de velocidade, a Variant II acelerava de 0 a 100 km/h em cerca de 18 segundos, com uma velocidade máxima chegando perto de 140 km/h.


A Variant II e a Concorrência

Apesar das inovações, a Variant II se deparou com uma concorrência feroz:

  • Ford Belina II: chegou quase na mesma época com motores mais potentes.
  • Chevrolet Caravan: baseada no Opala, trouxe desempenho e carga de dar inveja.

A expectativa da Volkswagen era que a Variant II se tornasse o carro familiar ideal, mas as rivais já estavam firmes na preferência dos consumidores, resultando em vendas que não impressionaram — um verdadeiro fracasso comercial.


Produção e Vendas

A Variant II foi feita de setembro de 1977 a dezembro de 1980, com apenas pouco mais de 40 mil unidades produzidas. Um número aparentemente baixo, dado todo o investimento da VW.

Em 1981, uma nova versão foi apresentada, mas apenas algumas unidades foram vendidas. A produção teve que ser suspensa para dar foco ao Goal, que se tornou um fenômeno de vendas na época.

Hoje, uma Variant II bem conservada pode custar entre R$ 70.000 e R$ 120.000, dependendo do estado. Alguns colecionadores não se importam em pagar ainda mais por modelos originais ou restaurados.


Por que a Variant II foi a Perua Certa no Momento Errado

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A história da Variant II poderia ter sido bem diferente se tivesse sido lançada quatro ou cinco anos antes. Naquele tempo, a concorrência não era tão dura, e o povo ainda estava de olho em peruas confiáveis e espaçosas.

Alguns fatores que pesaram contra sua aceitação:

  1. Chegada tardia: enfrentou concorrentes moderninhas.
  2. Potência limitada: os 67 cv apenas não eram suficientes contra Belina e Caravan.
  3. Preço alto: custando cerca de R$ 12.000 da época, equivalente hoje a aproximadamente R$ 100.000, a Variant II competia em um mercado acirrado.
  4. Foco da VW: com o lançamento do Gol, a fabricante desviou atenção da Variant II.

Com isso, a Variant II acabou sendo uma perua à frente do seu tempo, mas seu timing não ajudou. Atualmente, ela é valorizada pelos colecionadores pela sua raridade e história única.


Legado da Variant II

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Embora tenha sido um fracasso comercial, a Variant II deixou uma marca importante:

  • Inovação técnica: várias soluções da Variant II anteciparam tecnologias que só apareceriam mais tarde.
  • Projeto nacional: foi uma das primeiras peruas pensadas e desenvolvidas aqui, mostrando a capacidade da nossa engenharia.
  • Carro de família icônico: para quem viveu a década de 70, a Variant II remete à confiabilidade e conforto.

Se você curte carros clássicos brasileiros, a Variant II é uma peça de destaque que representa um pedaço importante da história da Volkswagen no Brasil.


Dicas para Colecionadores

Pensando em adquirir uma Variant II? Aqui vão algumas dicas importantes:

  1. Estado da mecânica: sempre dê uma olhada no motor 1600 e verifique se as peças estão originais e a manutenção está em dia.
  2. Chassi e carroceria: atente para a ferrugem, especialmente em arcos de roda e soleiras — problemas comuns de quem compartilha peças com o Fusca.
  3. Documentação: confirme a situação legal, principalmente se houver problemas de emplacamento.
  4. Mercado de peças: muitas são fáceis de encontrar, mas alguns componentes específicos da Variant II podem ser bem difíceis de achar.

Com essas dicas, você garante um investimento seguro e mantém viva a história desse veículo!


Curiosidades sobre a Variant II

  • Única geração concebida no Brasil: a Variant II nasceu 100% aqui, ao contrário da primeira que veio da Europa.
  • Inspirada em modelos alemães: várias soluções da engenharia local se basearam em tecnologias de marcas como a BMW.
  • Pouco mais de 40 mil unidades foram produzidas, tornando o modelo um verdadeiro raridade.
  • Concorrência direta com Belina II e Caravan, que, apesar de moderninhas, deixaram a Variant II em segundo plano.
  • Potência aumentada: subiu de 65 cv para 67 cv, mas ainda não era o suficiente perante as rivais.

Se você ama história automobilística, essas curiosidades mostram que a Variant II foi um marco, mesmo sem conquistar o mercado na época.


Final considerations

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A VW Variant II serve como um lembrete de como o timing é crucial no mercado automotivo. Lançada com tecnologias avançadas, ela foi a opção certa no momento errado. Se tivesse aparecido um tempo antes, poderia ter sido muito mais bem-sucedida.

Hoje em dia, a Variant II é apreciada como carro de coleção, encarada como uma peça que mostra a combinação de engenharia alemã e criatividade brasileira. Vale lembrar que, mesmo com projetos promissores, o tempo pode ser um adversário implacável.

Se você está em busca de uma Variant II, saiba que está prestes a adquirir uma peça rara, que, apesar de sua trajetória comercial desafiadora, se tornou referência para muitos colecionadores. Mais do que isso, você está diante de uma história que poderia ter sido diferente, mas que ainda encanta os amantes de carros clássicos e engenharia brasileira.

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