Nos anos 90, a galera dos carros estava passando por uma fase bem legal. A preocupação com o meio ambiente e a procura por alternativas aos combustíveis fósseis deram um empurrãozinho para o aparecimento dos carros elétricos. Foi nesse rolê que a General Motors (GM) resolveu inovar e lançou o EV-1, um elétrico que prometia abalar as estruturas do mercado. E não parou por aí! A GM também criou uma versão elétrica da sua famosa picape: a S10 Electric.
Como Nasceu a S10 Electric
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In between 1997 e 1998, a GM botou pra produzir cerca de 492 unidades da S10 Electric. Ao contrário do EV-1, que parecia um foguete, a S10 manteve aquele visual parrudo e prático da picape tradizional, só que com um motor elétrico. A ideia era atender à demanda por carros robustos e sem poluição, especialmente pra frotas de governo e empresas.
Tretas Tecnológicas e Operacionais
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A S10 Electric vinha com baterias de chumbo-ácido, um tipo bem popular na época. Mas, olha só, essas baterias tinham algumas limitações:
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Autonomia Limitada: Quando tava com a carga cheia, a picape conseguia rodar cerca de 96 milhas a uma velocidade de 72 km/h. Para quem precisava fazer longas viagens, isso não era lá muito animador.
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Recharge time: Carregar as baterias era um processo demorado, o que dificultava a vida do motorista.
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Desempenho em Climas Frios: No frio, essas baterias tinham problemas e o desempenho da picape caía vertiginosamente.
Além disso, a S10 Electric inventou de ter um sistema de aquecimento meio inusitado. Como as baterias sofriam no frio, a picape tinha um aquecedor a diesel que utilizava um tanque de diesel de uns 3,8 litros (aproximadamente 1 galão) que ficava escondido atrás da porta de combustível. Quando ligado, ele esquentava o interior da picape, garantindo que todo mundo viajasse confortável na neve!
O Declínio e a Raridade Hoje
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A S10 Electric, apesar de ter boas intenções, enfrentou um bocado de perrengues. A combinação de baixa autonomia, dificuldades tecnológicas e a falta de pontos de recarga na época fizeram o mercado simplesmente passar batido. Assim, a GM decidiu encerrar o projeto e, seguindo a mesma linha do EV-1, destruiu a maior parte das unidades produzidas.
Das 492 unidades que saíram da fábrica, só cerca de 60 continuam por aí – muitas delas foram paradas em agências governamentais e instituições de pesquisa, tornando a S10 Electric uma verdadeira raridade nos dias de hoje.
O Colecionador e Suas Três S10 Electric
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Um dos sortudos que tem não uma, mas três S10 Electric é Keith Dillman, que mora em Indiana, nos EUA. Ele comprou sua primeira picape elétrica por volta de 2018 e está dedicado a restaurar e preservar essas relíquias.
As três unidades do Keith são do ano de 1997, com números de fabricação 42, 107 It is 145. E olha que legal: todas elas foram usadas em prédios governamentais, provavelmente na Base da Força Aérea de Robbins.
Desafios na Restauração
Restaurar essas belezuras raras não é tarefa fácil. Um dos problemas principais que Keith encontrou foi conseguir peças de reposição. Muitas partes do S10 Electric já não estão mais disponíveis, então a criatividade e a perseverança entram em cena para achar o que precisa.
Keith percebeu que os números das peças do S10 Electric (e do EV-1) seguiam um padrão de oito dígitos, começando com “2700”. Com isso, ele começou a buscar em sites especializados, como o Vintage Parts, e conseguiu comprar as peças que encontrou, mesmo sem saber exatamente pra que serviam por conta da falta de informações.
A Questão das Baterias
Um dos maiores pepinos na restauração do S10 Electric foi trocar as baterias originais de chumbo-ácido, que já não funcionavam a mil maravilhas. Keith e outros proprietários sacaram as limitações dessas baterias e decidiram pedir baterias de lítio-ferro-fosfato personalizadas de uma empresa chamada Trajectory EV, lá da Califórnia.
Cada pacote de baterias custou em torno de R$ 60.000 (com uma taxa de câmbio fictícia de R$ 5,00 por dólar). Para baratear, o Keith optou por comprar só um pacote e revezar entre as suas três picapes quando precisa. E adivinha? Essa nova bateria promete uma autonomia de até 240 quilômetros, bem melhor do que as baterias antigas.
O Futuro das S10 Electric
Agora que as novas baterias estão instaladas, Keith planeja usar sua S10 Electric pra dar umas voltas nos finais de semana e para participar de mostras de carros clássicos. Ele sabe bem o valor histórico e a raridade dessas picapes, então trata elas como verdadeiros tesouros.
Embora ele queira manter as três picapes em ordem, já saca que, no futuro, pode precisar usar uma delas como “caçamba de peças” pra garantir que as outras continuem rodando. Essa visão pragmática é uma forma de garantir que pelo menos algumas S10 Electric vão continuar existindo e funcionando por um bom tempo a mais.
Final Thoughts
A história da S10 Electric é um lembrete legal dos desafios e das oportunidades que os desbravadores dos veículos elétricos enfrentaram. Apesar de ser um projeto curto e com distribuição limitada, essa picape foi um passo importante na evolução dos carros sustentáveis.
Hoje, em 2025, o mercado de carros elétricos tá bombando. A tecnologia das baterias melhorou, as estações de recarga estão por toda parte, e a consciência ambiental tá crescendo, fazendo com que esses veículos elétricos deixem de ser uma curiosidade e se tornem a escolha padrão para muita gente.
A dedicação de apaixonados como o Keith Dillman em preservar carros históricos como a S10 Electric nos dá uma visão valiosa do passado, mostrando o quanto já evoluímos e nos inspirando a continuar inovando para um futuro mais sustentável.
Nota: Os valores mencionados foram convertidos para real brasileiro (R$) com uma taxa de câmbio fictícia de R$ 5,00 por dólar, pra contextualizar os custos no nosso Brasilzão.