Se você está por dentro do mundo das picapes, sabe que as médias são um verdadeiro campo de batalha. Hilux, S10, Ranger e Amarok estão sempre competindo por sua atenção e seu bolso, cada uma tentando brilhar em desempenho, conforto, tecnologia e robustez. E agora, a Ram decidiu entrar de vez na briga com um nome que pesa e tem história: a Dakota.

A nova Ram Dakota 2026 é fruto de um projeto global grandioso da Stellantis, aproveitando a base desenvolvida em parceria com a chinesa Changan, que também resultou na Fiat Titano e na Peugeot Landtrek. E, ao invés de apenas emplacar um modelo antigo, a Ram optou por criar uma identidade própria para sua nova picape média — o que é visível no design, na mecânica e na proposta.

Um projeto de US$ 385 milhões

Para você ter uma ideia da grandiosidade, o chamado Projeto KP2 consumiu US$ 385 milhões só para a produção de picapes médias na fábrica de Córdoba, Argentina. E é lá que nasce a nova Ram Dakota.

Esse local de produção permite que a Dakota compartilhe algumas estruturas com a Titano, mas com modificações importantes para garantir que o DNA Ram — mais robusto e preparado para o off-road — esteja presente.

Motor e desempenho: força de sobra

Debruçando-se sobre o capô, você encontrará um moderno motor 2.2 turbodiesel, o mesmo que equipa as versões top da Titano. Com 200 cavalos e 45,9 kgfm de torque, tudo isso é entregue suavemente pelo câmbio automático de 8 marchas.

E tem mais! Esse conjunto se junta a um sistema de tração 4×4 com modo reduzido e automático, permitindo à Dakota gerenciar eletronicamente a distribuição de torque entre os eixos, maximando aderência e eficiência sem você ter que se preocupar em trocar de modo manualmente.

Com tudo isso, a Dakota promete alinhar-se com a Toyota Hilux 2.8, Ford Ranger 2.0 biturbo e Chevrolet S10 2.8, principalmente em uso misto: cidade, estrada e fora de estrada.

Design: a identidade Ram preservada

Imagem: Reprodução

Ao olhar para a frente da nova Dakota, fica fácil notar que ela não se parece com a Titano. A grade frontal é larga e imponente, com o logo RAM em destaque — uma marca registrada da marca. Os faróis têm assinatura em LED e o para-choque foi redesenhado para dar uma impressão ainda mais robusta.

Nas laterais, ainda dá pra ver que tem origem na Titano, mas as rodas, molduras de caixa de roda e detalhes cromados trazem um charme exclusivo. Já na traseira, as lanternas e a tampa da caçamba têm design próprio, incluindo a opção de abertura elétrica em modelos mais caros.

Esse capricho no design é essencial pra você sentir que está diante de uma Ram de verdade, e não apenas de uma “Titano de emblema diferente”.

Interior: mistério e expectativa

Ainda não temos todos os detalhes do interior da nova Dakota. A grande questão é se ela vai manter a mesma cabine da Titano ou se virá com um layout inspirado na nova Changan Hunter, que apresenta duas telas digitais — para o painel e para a central multimídia — e acabamentos mais sofisticados.

Se seguir a linha da Ram que vemos em modelos como a 1500 e a 2500, pode esperar bancos confortáveis, materiais macios ao toque, tecnologia avançada e recursos como Apple CarPlay e Android Auto sem fio, além de sistemas de segurança bem modernos.

Lançamento: primeiro na Argentina, depois no Brasil

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O calendário de lançamento já está definido: a Ram Dakota vai desembarcar primeiro na Argentina, em dezembro deste ano, e chega ao Brasil no início de 2026. Faz todo sentido, já que a produção será concentrada em Córdoba e a logística favorece o mercado argentino na hora do lançamento.

No Brasil, teremos versões que vão desde as mais simples — focadas no trabalho — até opções luxuosas para quem procura uma picape média que também seja estilosa para o uso urbano.

Dakota: um nome com história

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Se você é mais antigo no mundo automotivo, deve lembrar que a Dodge Dakota já foi fabricada no Brasil entre 1998 e 2011. Era uma picape média-grande, maior que as concorrentes, com motores que iam desde um 2.5 turbodiesel até um V8 a gasolina.

O retorno do nome Dakota é uma estratégia de marketing inteligente: traz de volta a memória afetiva de quem conheceu a antiga picape e, ao mesmo tempo, apresenta um produto modernizado para os dias de hoje.

Posicionamento no mercado

A volta da Ram Dakota coloca a marca em um segmento onde ela ainda não atuava diretamente no Brasil. Hoje, a Ram é conhecida pelas suas picapes full-size, como a 1500 Rebel, 1500 Limited, 2500 Laramie e 3500 Limited Longhorn. A Dakota será a porta de entrada para o mundo Ram, mais acessível em preço e dimensões.

Com o motor 2.2 turbodiesel, ela deve se posicionar perto das versões intermediárias e topo de linha das concorrentes. Dependendo do que vier em termos de equipamentos e preços, pode atrair tanto quem pensa em Hilux SRX quanto em uma Ranger Limited.

Tecnologia e segurança: o que esperar

Imagem: Reprodução

Ainda não há ficha técnica oficial, mas se a Dakota for parecida com a Titano e a Changan Hunter, espere por recursos como:

  • Controle de estabilidade e tração
  • Assistente de partida em rampa
  • Controle de descida
  • Câmera 360°
  • Piloto automático adaptativo
  • Frenagem autônoma de emergência
  • Alerta de colisão frontal
  • Monitoramento de ponto cego

Esses sistemas são cada vez mais comuns e garantem não só conforto, mas também uma segurança ativa de respeito.

Off-road de respeito

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Com tração 4×4 com reduzida, ângulos de ataque e saída bons, além de uma altura livre do solo bacana, a Dakota promete ser uma ótima parceira para trilhas, fazendas e uso severo. Se seguir a Titano, pode vir equipada com pneus All Terrain em algumas versões, garantindo mais versatilidade.

A tração automática que distribui o torque conforme a necessidade é uma mão na roda para quem enfrenta diferentes tipos de terreno, seja lama, areia ou estrada de terra molhada.

Um olhar para o futuro

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O lançamento da Dakota também pode abrir portas para futuras versões eletrificadas. A Stellantis já está pensando em soluções híbridas e elétricas para picapes, e nada impede que a Dakota receba alguma tecnologia híbrida nos próximos anos, dependendo da demanda e das normas ambientais.

Veja o nosso último vídeo:

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