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Maverick GT: O Ícone dos Anos 70 que Supera o Valor das Picapes de Hoje!

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Se você é do time que ama carros clássicos, com certeza já ouviu falar do Ford Maverick GT. Esse modelo é um verdadeiro ícone da história automotiva brasileira e, acredite se quiser, em 2025 ele já estará com mais de 50 anos de passeio no Brasil! O mais surpreendente? O preço desse clássico pode ultrapassar até o valor de carros modernos superpotentes, como a Ford Ranger Raptor 2025.

Atualmente, um Maverick GT 1974 em estado impecável foi vendido por R$ 500.000. E isso fica ainda mais curioso quando você percebe que, com esse montante, dá para levar uma Ranger Raptor zero km, que custa cerca de R$ 490.000 aqui no Brasil. Mas, o que faz esse carro ser tão especial e cobiçado a ponto de custar mais do que uma das picapes mais potentes à venda?

Neste artigo, você vai se aprofundar na história, na evolução, no valor de mercado e na importância cultural do Maverick GT. Além disso, vamos entender por que colecionadores pagam verdadeiras fortunas para manter esse muscle car brasileiro em suas garagens.


Como tudo começou: O Ford Maverick e sua jornada

Para pegar as rédeas da história do Maverick GT, vamos voltar lá para 1969. Nos EUA, o Ford Maverick apareceu como a promessa de ser um carro compacto e acessível, a “versão junior” do famoso Ford Mustang, que já era um sucesso absoluto nos anos 60.

No Brasil, o bichinho só apareceu em 1973, em um cenário bem diferente. A Ford tinha adquirido a Willys-Overland do Brasil em 1968 e precisava dar uma mexida em sua linha de produtos para competir com o Chevrolet Opala, que dava um show desde 1968, e o Dodge Charger R/T, que chegaria mais tarde, em 1971.

A missão do Maverick era bem clara: fazer uma competição no mercado de sedãs e cupês médios, com opções para famílias e também para os que queriam algo mais esportivo. Foi assim que nasceu o Maverick GT, a versão mais desejada dessa máquina.


Versões do Maverick no Brasil

1973, ele veio nas seguintes três versões:
  • Super: equipado com um motor 3.0 L6 herdado do Willys, entregando 112 cv.
  • Super Luxo: podia vir com o mesmo motor 3.0 ou com o potente 302 V8.
  • GT: a versão que fez os corações acelerarem, sempre com motor V8 4.9 litros.

Esse V8 entregava 197 cv e um torque de 39,5 kgfm a 2.400 rpm. O câmbio manual de quatro marchas dava aquele toque esportivo, mesmo com um consumo alto: por volta de 4,5 km/l na cidade e 6 km/l na estrada.

Para você entender a performance, as versões com motor 3.0 L6 levavam cerca de 20,8 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Já o GT conseguia isso em apenas 10,8 segundos e atingia uma velocidade máxima de 182 km/h.


O auge do Maverick GT nas pistas

Não pense que o Maverick GT era só bonita de se ver nas ruas; ele também fez história nas pistas! Nos anos 70, participou da famosa Divisão 3, a categoria de turismo que deixava os fãs de automobilismo apaixonadíssimos.

Quando bem preparado, o Maverick GT mostrava que tinha garra para competir com grandes rivais, fortalecendo sua reputação de muscle car brasileiro. Essa conexão com as corridas só aumentava o seu charme entre os aficionados por carros.


A crise do petróleo e as adaptações do Maverick

Infelizmente, o sucesso do Maverick sofreu um baque por conta da crise do petróleo em 1973. O cenário econômico no Brasil virou um caos, e os carros grandes e sedentos como o Maverick GT passaram a ser vistos como um verdadeiro pesadelo.

Para tentar salvar as vendas, em 1975, a Ford lançou uma versão com o motor 2.3 OHC de quatro cilindros que oferecia 99 cv. Mais econômico, fazia algo em torno de 7 km/l, mas o desempenho? Bem, esse caiu por terra. Essa versão acabou conquistando quem não conseguia manter um V8, mas infelizmente perdeu muito do brilho esportivo que encantava o pessoal.

Em 1977, a Ford lançou a versão LDO (Luxo Decoração Opcional), que focava em um acabamento mais refinado e oferecia câmbio automático de três marchas. Contudo, a imagem esportiva já estava se esvaindo.

Com cerca de 108 mil unidades produzidas no Brasil, o Maverick saiu de linha em 1979, dando lugar ao Ford Corcel II, um modelo mais econômico, mais ajustado para a época.


Maverick GT: O item de colecionador por excelência

Imagem: Reprodução

Hoje em dia, encontrar um Maverick GT original e bem conservado nas ruas é uma tarefa complicada. A maioria dos veículos foi sucateada, descaracterizada ou mal restaurada ao longo dos anos.

Por isso, quando um exemplar autêntico aparece—com plaqueta original, bem restaurado e com peças de época—o preço vai lá para cima!

Foi o que aconteceu com um Maverick GT 1974 branco Nevasca, que foi vendido em 2025 por R$ 500.000. Este carro passou por um processo de restauração que durou dois anos e meio, com a troca do capô, portas e para-lamas, além de um motor 302 V8 renovado do zero.

O carro recebeu até detalhes clássicos, como as famosas rodas Magnum 500 cromadas, pneus com letras brancas e um interior que faz qualquer um sonhar em “pijaminha Dixie”. Isso fez dele uma verdadeira joia rara!


Maverick GT e Ford Ranger Raptor: Um comparativo curioso

Imagem: Reprodução

Agora, imagine a cena: você tem R$ 500 mil para gastar. De um lado, dá para levar um Maverick GT clássico com mais de 50 anos de história. Do outro, uma Ford Ranger Raptor 2025 zero km, com motor V6 biturbo de 397 cv, câmbio automático de 10 marchas e tração 4×4 top de linha.

A Ranger Raptor vai de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos, tem uma suspensão que aguenta qualquer tipo de terreno e vem cheia de recursos tecnológicos e conforto. Um carro pensado para o dia a dia, viagens e desafios off-road.

Já o Maverick GT? Bem, ele não tem central multimídia, ar-condicionado digital ou direção elétrica, e requer um pouquinho mais de cuidado na manutenção. Mas, mesmo assim, seu valor de mercado é maior que o da picape!

A explicação é simples: enquanto a Ranger Raptor é um bem de consumo, o Maverick GT é desejado como um objeto de paixão e um investimento histórico.


Por que o Maverick GT vale tanto em 2025?

Imagem: Reprodução

Se você ainda tem alguma dúvida sobre o preço alto, vamos a alguns motivos principais:

  1. Raridade: poucas unidades originais ainda estão em bom estado.
  2. Valor histórico: foi o principal muscle car da Ford nos anos 70.
  3. Cultura automotiva: o Maverick está muito ligado às corridas e ao estilo de vida esportivo da época.
  4. Restauração de alto nível: um carro restaurado com peças originais precisa de um investimento considerável.
  5. Mercado de colecionadores: cresce a cada dia a demanda por compradores dispostos a investir em clássicos.

Investimento ou paixão? O futuro dos clássicos

Imagem: Reprodução

Se um carro clássico como o Maverick GT está na sua mira, saiba que não é apenas um bem material. Ao contrário dos carros comuns que perdem valor com o tempo, um clássico pode valorizar ao longo dos anos.

A chave está na originalidade e na conservação. Quanto mais próximo da especificação de fábrica, mais raro e valioso se torna.

Em 2025, é normal ver Maverick GTs à venda entre R$ 300.000 e R$ 600.000, dependendo do estado. Isso prova que o nicho de colecionáveis está em alta, e os compradores veem esses carros como verdadeiras peças de museu sobre rodas.


Conclusão

Imagem: Reprodução

Ao analisarmos a história do Ford Maverick GT, fica claro que ele é muito mais do que um carro. Ele representa uma era de ouro do automobilismo brasileiro, cheia de paixão, ousadia e busca por desempenho.

Mais de 50 anos depois, o GT ainda é um símbolo de status, cultura e emoção. Enquanto a Ford Ranger Raptor 2025 é um titã da engenharia moderna, pronta para qualquer desafio, o Maverick GT é pura nostalgia, exclusividade e identidade nacional.

Se você tivesse R$ 500 mil hoje, o que escolheria? Um carro moderno, tecnológico e brutal como a Ranger Raptor, ou um clássico lendário, que traz toda uma história, alma e a essência do verdadeiro muscle car brasileiro?

Veja o nosso último vídeo:

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