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Descubra o Segredo do Chevrolet Marajó: O Clássico que Revolucionou a História dos Câmbios!

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Já pensou como alguns carros eram anos-luz à frente da época? É bem isso que a Chevrolet Marajó representa! Nos anos 80, quando o câmbio automático ainda era olhado com desconfiança no Brasil, essa perua simpática — que na real tem raízes no Chevette — resolveu oferecer o que muitos ainda não acreditavam ser possível. E, adivinha? Essa inovação chegou bem antes de se tornar um padrão!

Hoje em dia, é praticamente impossível imaginar um carro novo sem transmissão automática, mas lá na década de 1980, essa era uma coisa de filme de ficção científica! A Marajó, com sua ousadia, mostrou que a innovation não precisava vir de fora. Mas antes de mergulharmos nessa aventura, vamos entender de onde surgiu essa perua querida e subestimada pelos brasileiros.


Design retrô: a perua clássica

Créditos: Reprodução

Sete anos após o Chevette fazer sua estreia no Brasil, em 1980, a Chevrolet decidiu que era hora de expandir a família. Nascia assim a Marajó, uma perua compacta que nada mais era que a adaptação da carroceria do Opel Kadett C Caravan, vendido na Europa, para agradar o paladar e as necessidades dos brasileiros.

Naquele tempo, não tinha concorrência de importados, e o mercado estava quase todo nas mãos de quatro grandes: Chevrolet, Volkswagen, Ford e a emergente Fiat. A Marajó tinha tudo para se tornar a queridinha dos brasileiros, especialmente para quem precisava de mais espaço, mas não queria abrir mão da praticidade.

With linhas retas e um design que dá o que falar, a Marajó chegou para dar um tapa na cara das peruas tradicionais. O segmento tinha sido apresentado muito antes, em 1956, com a DKW Universal, mas estava dominado pela robusta Ford Belina e pela espaçosa VW Variant. A Fiat Panorama estava começando a ganhar atenção, mas a Marajó, com suas proporções equilibradas, se posicionou muito bem entre as competidoras.


Um motor simples, mas potente

Créditos: Reprodução

Logo de cara, a Chevrolet Marajó usava o motor 1.4 do Chevette, com seus modestos, mas sinceros, 68 cv It is 9,8 mkgf de torque. Em 1981, esse motor recebeu upgrades e, com um carburador de corpo duplo, pulou para 69,4 cv It is 10,4 mkgf.

A autonomia era um show à parte: com um tanque de 62 litros, a Marajó conseguia rodar até 700 km sem reabastecer, o que era uma mão na roda em tempos em que os motoristas se preocupavam com consumo.

A suspensão traseira foi reforçada para aguentar a carga extra da perua, e o eixo veio equipado com uma válvula equalizadora de freios para manter a segurança, mesmo quando carregada. Essa foi uma jogada da GM que demonstrou como levaram a sério o desenvolvimento do modelo.


Espaço para a família e as malas

Créditos: Reprodução

A Marajó se destacava com seus 469 litros de espaço no porta-malas com os bancos normais. Se você quisesse rebater os bancos, a capacidade pulava impressionantes 1.282 litros. A porta do porta-malas abria de forma bem ampla e contava com um amortecedor à esquerda, um detalhezinho que, embora simples, fazia toda a diferença.

Essa versatilidade era o trunfo da Marajó para conquistar as famílias e pequenos empresários, que encontravam ali uma solução prática para o cotidiano.


Inovações constantes

Créditos: Reprodução

A Chevrolet não deixou a Marajó morrer na praia. Em 1983, ela ganhou frente e retrovisores mais retos e até quebra-ventos. Também surgiram novas opções de motor, como o 1.6 litro, que entregava 73 cv It is 12,2 mkgf de torque, tornando o modelo mais ágil com uma velocidade máxima de 146,9 km/h e menor consumo, especialmente na versão a álcool.

Ainda teve a opção de quinta marcha no câmbio manual, perfeita para quem pegava a estrada. E, enquanto isso, o acabamento interno foi melhorando ao longo dos anos, apesar de algumas críticas sobre o volante virado para a esquerda e o nível de ruído.


A ousadia do câmbio automático

Créditos: Reprodução

Agora chegamos ao ponto alto da história: a Chevrolet Marajó surpreendia com a opção de câmbio automático em uma época onde isso era uma raridade — só existia em modelos importados e de luxo! A Marajó trazia uma transmissão automática de três marchas.

Lembrando que estamos falando dos anos 80, quando o povo desconfiava de carros automáticos, achando que eram sinônimo de consumo alto e desempenho fraco. Mas a Chevrolet foi ousada, antecipando uma tendência que só se tornaria popular depois de muitos anos!

Em 1986, um modelo foi adaptado para parecer um do ano seguinte, com detalhes como grade, para-choques e painel redesenhados. Mas ainda conservava bancos de 1986 e alguns detalhes do painel. O câmbio automático era uma exclusividade bem cara, mas para quem podia pagar, era puro conforto, especialmente no trânsito.


O fim de uma era e o legado

Em 1989, após 78.067 unidades produzidas, a Marajó se despediu para dar lugar à Chevrolet Ipanema, uma perua derivada do Kadett. Essa troca foi um sinal do que o consumidor brasileiro queria e também do progresso nas tecnologias automotivas.

Mas a Marajó deixou um legado que vai além. Ela ajudou a popularizar o conceito de carro familiar acessível, com um espaço generoso e direção fácil. E, claro, ficou marcada na história como uma das poucas peruas nacionais com câmbio automático, o que a tornou ainda mais cobiçada pelos colecionadores de hoje!


Ficha técnica – Chevrolet Marajó 1986

  • Motor: dianteiro, longitudinal, 4 cilindros, 1.599 cm³, a gasolina
  • Diâmetro x curso: 82 x 75,7 mm
  • Taxa de compressão: 8,5:1
  • Power: 73 cv a 5.200 rpm
  • Torque: 12,2 mkgf a 3.000 rpm
  • Exchange: automático de três marchas, tração traseira
  • Dimensions: 421 cm de comprimento; 157 cm de largura; 138 cm de altura; 239 cm de entre-eixos; peso de 986 kg
  • Suspension: dianteira com triângulos, barra estabilizadora; traseira com eixo rígido e braços longitudinais
  • Brakes: discos na frente, tambores atrás
  • Wheels and tires: liga leve, 13 x 5,5, pneus 175/70 SR 13 radiais

Por que a Marajó merece ser lembrada?

Créditos: Reprodução

Se você é fã de carros ou adora histórias curiosas da indústria automotiva, a Chevrolet Marajó é uma aberração deliciosa. Ela prova como um projeto discreto pode esconder inovações que só foram reconhecidas anos depois.

Hoje, encontrar uma Marajó em bom estado é complicado, principalmente a versão com o câmbio automático. Mas quem tem a sorte de dirigir uma delas sente um pouco do que era ser visionário nos anos 80.

A Marajó não era só uma perua compacta. Ela se tornou um símbolo de inovação discreta, numa época em que ousar era tanto arriscado quanto recompensador.

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